E se o blog tem o nome de Todas as Letras, que tal trechinhos de canções inesquecíveis?"Entre por essa porta agora, você tem meia hora, pra mudar a minha vida..." " O grande escândalo sou eu, aqui, só!" "A felicidade é como a pluma, que o vento vai levando pelo ar" "Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague, se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são o alimento, o veneno, o pão..." " Foi quem sabe, esse disco, esse risco de sombra em teus cílios..." " você penetrou como o sol da manhã, e em nós começou uma festa pagã"..." sem seu amor, enlouqueci, ando dodói, como Tarzan depois da gripe"..." nunca mais beijo na boca, nunca mais tiss!" "de madrugada essa mulher faz tanto estrago, tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar, de manhã cedo essa senhora se conforma, bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca o chão; ah como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres, pelos filhos, pelo pão..."porque quem gosta de maçã irá gostar de todas, porque todas são iguais"...non, rien de rien, non je ne regrètte rien, ni le bien, qu'on ma fait, ni le mal tout ça m' est bien égal"... quand il me prends dans ses bras, il me parle tout bas, je vois ma vie en rose"... " moi, je t' offrirai des perles et de pluie, venues de pays où il ne pleut pas, je creuserai la terre jusqu'àprès ma mort, pour couvrir ton corps d' ór et de lumière, je ferai un domaine où l' amour sera roi, ou l' amour sera loi, et tu seras reine..." "nostalgia, de sentir su risa loca, de sentir junto a mi boca como un fuego su respiración'... "Eu quero uma casa no campo, onde eu possa compor muitos rocks rurais e tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais..." " Adeus, vou pra não voltar e aonde quer que eu vá, sei que vou sozinha"...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O amor a si mesmo
Gente que me lê, se é que há; será que é possível o amor a si mesmo, como dizem por aí? Ora, se de fato existe, para cada um de nós, uma única substância, se somos finitos, vulneráveis, passageiros, é sinal de que carecemos de consistência e de solidez. O que será então que amamos em nós, se somos tão transitórios? Não seria por isso uma ilusão o amor próprio? E Narciso? Como entender Narciso? Não teria ele amado, não a si mesmo, mas`a beleza que dele rescendia? Para morrer sem esquecê-la? Pois tudo o que perdura, perdura na memória e pela memória? AGORA CHEGA DE FILOSOFAR, E VAMOS AO QUE INTERESSA: olhe lá, gente de minha aldeia e de todas as aldeias dessa grande aldeia global; o verbo amar é intransitivo em alguns contextos, e transitivo direto nos demais. Só na expressão "amar a Deus" é que se coloca a preposição a , mas nesse caso o objeto não é indireto.; é o esquecido objeto direto preposicionado. E porque Deus se ama sobre todas as coisas. Se fosse você, pobre mortal, eu diria: amo você; sem preposição, pois que você não a merece. E chega, já pensei demais pra hoje.
Vi essa foto dentre as minhas imagens, lembrando o quanto é bucólica minha terra natal; Santa Rita do Passa Quatro! Linda! Parece um presépio. Aí na foto está a Cachoeira das Três quedas, uma beleza só. Agora desço pelas escadas, mas de menina ia nadar ali nos lagos que se formam das águas e descia pelos cipós, que nem a Jane do Tarzan. E meu pai perguntava: você não fez nenhuma arte no passeio , não é mesmo, menina?E eu: claro que não, pai. Sou menina comportada e cheia de juízo. Só Deus e eu sabíamos dos meus atrevimentos. Alguns nem posso contar!!
Quanto tempo sem ver meu blog! Já tem ele até rival! E tera´muitos outros, porque nada fica, tudo evolui.Como é bom mudar, transformar a vida, mesmo que seja aos poucos. Como dizia minha mestra Cecília: "a vida só é possível reinventada..." Comecei mudando de lugar no mundo, fui pra outra casa, ou seja para um ap. Daqui da janela, do alto, posso ver a vida desenfreada de Sampa. A marginal vomitando carro, caminhão e fumaça por todos os lados. O rio Tietê sufocado! O céu cinzento, a chuva desabando como se o céu viesse abaixo. Todo o mundo com aquela pressa infernal, tentando sair do inferno, porém Sampa é demais sedutor. Como o mal! Tem um ímã; ninguém sai daqui. Só chega gente e não para de chegar. Já sonhei que a cidade sofria uma explosão de tanta gente. O acúmulo de gás que vinha de debaixo da terra provocou a explosão. Pudera, o que deve haver de lixo e de estrume debaixo da terra, nem dá pra imaginar! Eu via tudo aqui do alto, e dessa altura eu era inatingível .O alto é mesmo a dimensão dos deuses. Do alto tudo fica ínfimo e por conseguinte ficamos imensos perto do mundo mundículo lá embaixo. Assim mesmo, salva pela altura, chorava muito no sonho com dó dos que sofriam e sem poder fazer nada. É. Às vezes, na vida real, os verdadeiros deuses nada podem fazer!
terça-feira, 28 de julho de 2009
Aula de dança em João Pessoa
" Ah! bom é namorar...ah! bom é namorar... não se avexe, não/ que a lagarta se arrasta até o dia em que cria asas/ se avexe, não,/ que a burrinha da felicidade nunca se atrasa/ Se avexe, não/ que um dia ela para na porta da sua casa/ Se avexe, não/ toda caminhada começa com o primeiro passo/ a natureza segue o seu compasso / inexoravelmente chega lá, ah, ah... Se avexe, não,/pra enfrentar caminhada na ladeira/ seja princesa, seja lavadeira/ pra subir mais alto tem que suar..." Gente, quanta poesia nessa canção inspiradíssima, tocada e cantada em todo o forró por que passei em João Pessoa e dançada na inesquecível aula de dança da Academia Corpo Livre. Que elegância e hospitalidade das recepcionistas! Quantas dançarinas bonitas e o charme do professor Luiz, balancê, requebra, dois pra cá, dois pra lá, virando, pra frente, pra trás, coragem, de novo, ufa, será que meu fôlego aguenta. Aguentou. Dei só uma paradinha com medo da respiração, porém o competente professor dosou os ritmos, depois alongamos e que peeennnnaaa! A aula terminou. Saí dali, o corpo e os cabelos suados, gordurinhas trituradas pelo jeito mais delicioso de triturar gordurinhas...e cheia de estímulo, acreditando em mim, no meu balancê, na juventude que a dança devolve e desenvolve. Fica aqui registrado meu agradecimento ao pessoal da Academia pela permissão de participar de uma aula tão gostosa, tão eficaz, tão prafrentex. Se um dia voltar aí, ou morar aí, serei aluna dessa Academia, onde se faz exercício e se dança olhando para o mar...o infinito...o movimento da natureza agregando-se ao nosso e vice-versa.
E onde tem gente de fôlego e de coração quente. Oxalá! Sucesso cada vez maior a vocês que merecem, e meu beijo, uma água de cheiro. ATÉ QUALQUER DIA!
E onde tem gente de fôlego e de coração quente. Oxalá! Sucesso cada vez maior a vocês que merecem, e meu beijo, uma água de cheiro. ATÉ QUALQUER DIA!
Marilde, Natanael e o pessoal ma-ra-vi-lho-so de João Pessoa
"Amigo é coisa pra se guardar/ do lado esquerdo do peito/ dentro do coração;/Assim dizia a canção que em João Pessoa senti"/ Aliás, as palavras ficarão muito aquém da emoção que vivi em João Pessoa, ao ser recepcionada pela velha amiga Marilde. E pelo simpático, alegre e hospitaleiro marido Ná. Garanto que nem irmão faz tanta festa e tão sincera como eles fizeram a mim. Desde a hora que desembarquei até a volta para São Paulo, Marilde me recepcionou, com passeios, visitas, pôr do Sol no rio Jacaré, comidinhas deliciosas, praias, sol, centro de artesanato, centro histórico, camarões, galinhada, tapiocas, mar verde-azul, Projeto 6 e meia, Tunai, Dalton, " ah! se um dia eu chegar muito estranho".... ou "porque o amor é bom demais , mas dói demais sentir...".... lembranças delicadas de um tempo que se foi, mas volta sempre com ternura na lembrança da gente: as canções de antigamente, quando saíamos em grupos nas noites, antes calmas de São Paulo, para nos divertir, conhecer gente, dançar, rir muito, fazer confidências, a amizade se construindo dia a dia, único jeito de obter forças para trabalhar, criar os filhos, educar os dos outros, contar tostões, a vida escorrendo pelos dedos sem que sentíssemos. Quase ou mais de vinte anos se passaram, depois de seu casamento e fomos nos rever agora, na terra do sol. Que turma mais "in" mais mais, tudo o que há de bom conheci aí; companhia do melhor quilate, com a Cilene ou Silene, o Edson, Dª Dirce, gente tão alegre, tão pra frente, tão alto astral, de olhar azul como o de quem está de bem com a vida. Vai ser difícil enfrentar São Paulo, com chuva que não passa, dias frios e úmidos, céu cinzento, a antítese dos dias azuis e quentes vividos em João Pessoa com gente tão legal. Como agradecer? Muito grata, do fundo do coração; merci, auguri per tutti, namastê, Deus abençoe todos vocês, hoje, sempre, as portas de minha casa abertas para recebê-los e o coração cheio das boas lembranças que me energizam para eu recomeçar a luta de todo o dia. Beijão em todos
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Agora, sem foto, sem nada, quero só deixar ao leitor a beleza da canção " Meus vinte anos", cantada pelo Aznavour:
"Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/acariciava o tempo/ e brincava de viver, /como se brinca de namorar./E vivia a noite/ sem considerar meus dias/ que escorriam ao tempo./Fiz tantos projetos/ que ficaram no ar/ alimentei tantas esperanças /que bateram asas/ que permaneço perdida / sem saber aonde ir./Os olhos procurando o céu,/ mas o coração preso na terra./ Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/ desperdiçava o tempo /acreditando que o fazia parar. /E para retê-lo /e até ultrapassá-lo,/ só fiz correr e me esfalfar./Ignorando o passado/ que conduz ao futuro/precedia da palavra "eu"/ qualquer conversação./E opinava que eu queria o melhor/por criticar o futuro com desenvoltura. /Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/ mas perdi meu tempo/ a cometer loucuras/o que não deixa ao certo nada de certo/ senão algumas rugas na fronte/ e o medo do tédio./Porque meus amores/morreram antes de existir/ meus amigos partiram/e não mais retornarão./Por minha culpa/criei o vazio em torno de mim/ e gastei minha vida e meus anos de juventude./Do melhor e do pior/descartando o melhor, /imobilizei sorrisos e congelei meus prantos, /onde estarão agora, /onde estarão meus vinte anos?
"Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/acariciava o tempo/ e brincava de viver, /como se brinca de namorar./E vivia a noite/ sem considerar meus dias/ que escorriam ao tempo./Fiz tantos projetos/ que ficaram no ar/ alimentei tantas esperanças /que bateram asas/ que permaneço perdida / sem saber aonde ir./Os olhos procurando o céu,/ mas o coração preso na terra./ Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/ desperdiçava o tempo /acreditando que o fazia parar. /E para retê-lo /e até ultrapassá-lo,/ só fiz correr e me esfalfar./Ignorando o passado/ que conduz ao futuro/precedia da palavra "eu"/ qualquer conversação./E opinava que eu queria o melhor/por criticar o futuro com desenvoltura. /Ontem ainda/ eu tinha vinte anos/ mas perdi meu tempo/ a cometer loucuras/o que não deixa ao certo nada de certo/ senão algumas rugas na fronte/ e o medo do tédio./Porque meus amores/morreram antes de existir/ meus amigos partiram/e não mais retornarão./Por minha culpa/criei o vazio em torno de mim/ e gastei minha vida e meus anos de juventude./Do melhor e do pior/descartando o melhor, /imobilizei sorrisos e congelei meus prantos, /onde estarão agora, /onde estarão meus vinte anos?
Aí do lado está a palestrante, eu mesma, representando meu amado UNIFIEO no CIEE-Ibirapuera. Falei sobre "A ética nas relações pessoais e profissionais". O público, lotando um teatro, ouviu, participou, riu e chorou, porque, modéstia à parte uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Palestra não é lição, palestra é aula de primeira qualidade; tem que pegar o pessoal pelo gasganete e quarenta anos de janela me deram algumas condições. Amo palestrar, me sinto viva, entendida, sentida, dividida, dada, e esse compartilhamento, eu podendo dividir com o outro um pouquinho do que já li, já estudei, já vivi, me faz imensamente feliz. Observem que nessa horinha o pessoal ria... mais tarde até vão cantar comigo. Depois, é fazer amigos, angariar alunos, agendar outras sessões. Veja o título de boas palestras, você meu seguidor: " A história da mulher através dos tempos."- "Comportamento e linguagem dos anos sessenta".- A desmitificação dos contos de fada".- "A nova ortografia da Língua Portuguesa."- "A poesia na sala de aula."- "Redação empresarial."-Português instrumental."- "Francês para principiantes."
Olhe, eu aí, gente, lembrando o tempo em que o basquete era brincadeira e verdade. Treino todo o dia, nas madrugadas deliciosas de Santa Rita do Passa Quatro.Para fazer parte do time, porque eu só tinha 1m60, a professora me fez correr em volta da quadra por muito tempo. Depois correr e saltar no rebote sem bola. Até o dia em que a Nilza, a armadora do time se machucou num treino, e foi aquela confusão. A profa deu uma mexida no time e me colocou pra nunca mais me tirar dali. Eu corria que nem ema e saltava como canguru. Nos jogos abertos, as meninas de Santa Rita faziam um doido sucesso pela beleza das jogadoras, principalmente. Maria Elvira Abreu foi Miss Jogos Abertos; eu não ficava muito atrás, não, e eu não só jogava como namorava os bonitões.Tempo de saúde integral, muito ânimo, muita alegria, muita risada. A vida nos preparando, a seu modo, para o que viria depois...fazer até hoje todo o dia muitas cestas, senão o mundo nos devora.
domingo, 5 de abril de 2009
REFORMA ORTOGRÁFICA
Nem ia dormir direito se não deixasse aos meus seguidores uma boa dica sobre a reforma ortográfica já vigente:
-prefixo terminado em vogal só leva hífen se a palavra que vem depois dele começar pela mesma vogal. Ex: semi-imagem; micro-ônibus.
Se começar por outra vogal ou consoante, junta-se tudo, sem hífen, portanto. Ex:autoestima; semicírculo, semivogal.
Se a consoante for R, ou S, dobra-se S, dobra-se R.
Ex: antissocial, antirracista, morfossintaxe.
E, olhe lá, gente: hífen no plural perde o acento: hifens
Então, basta lembrar, tanto para prefixos terminados em vogal como para os que terminam em consoante: os sons iguais se repelem e se separam por hífen; os diferentes se atraem e se juntam. Vamos ver como ficam?
hipermercado, super-realidade; autoescola, anteirrigação, ante-escolaridade.
-prefixo terminado em vogal só leva hífen se a palavra que vem depois dele começar pela mesma vogal. Ex: semi-imagem; micro-ônibus.
Se começar por outra vogal ou consoante, junta-se tudo, sem hífen, portanto. Ex:autoestima; semicírculo, semivogal.
Se a consoante for R, ou S, dobra-se S, dobra-se R.
Ex: antissocial, antirracista, morfossintaxe.
E, olhe lá, gente: hífen no plural perde o acento: hifens
Então, basta lembrar, tanto para prefixos terminados em vogal como para os que terminam em consoante: os sons iguais se repelem e se separam por hífen; os diferentes se atraem e se juntam. Vamos ver como ficam?
hipermercado, super-realidade; autoescola, anteirrigação, ante-escolaridade.
FILMES, LIVROS, QUER MAIS?
Gente, como gosto de cinema! Nem que o filme não seja o que esperamos, o clima de cinema é uma curtição: hall, gente chegando, umas iguais, outras diferentes, umas mais, outras menos, café, pipoca, escadaria, luzes na ribalta e pouca luz na platéia, gente cochichando, luzes que se apagam, propagandas, leão da metro, luzes cruzadas da twenty century fox, a águia ou o condor da Columbia Pictures...enfim...o filme! Às vezes um engraçadinho dá um suspiro, um arroto, explode um saquinho barulhento, algumas pessoas riem e, pode crer, eu sou uma delas. Me divirto com a coragem dessa gente que gosta de atrapalhar o sossego alheio dos mal-humorados. Tudo isso faz parte do clima de um cinema. E quando o filme é comédia!? Aí é que a coisa pega...Aproveitam as risadas para fazer artes das mais infernais. E eu morro de rir do filme e das gracinhas. Quando é tragédia, só se ouve nariz chupando vela, o meu inclusive, porque se é pra chorar, eu choro mesmo, às vezes até soluço!!Tudo vale a pena,se a alma não é pequena. E quem diria, einh gente, Fernando Pessoa virar clichê e vir parar nesse meu cinema?! Pois é, mas ainda não assisti ao Vicky Cristina Barcelona, nem ao O leitor, nem ao Button, sempre entregue ao sofá de casa nos fins de semana de tão cansada! Nem alimentar o blog eu posso. E todo o blog é uma espécie de bichinho nervoso e faminto que quer movimento e comida a toda a hora. Menos dez anos e eu não parava em casa nos finais de semana. Era cinema, teatro, barzinho, discoteca, sambão, longos papos que avançavam a madruga e eu nem sentia. Às vezes dormia algumas horinhas, lavava o rosto, escovava os dentes, botava os óculos de sol pra esconder o cansaço dos olhos e madrugava para acordar as crianças. Deixa um ali, outro aqui, cada um numa escola e lá vai a mãe, que ainda é moleca e ainda é animada, para a sala de aula. Mesmo cansada, ao ver os alunos, a animação retornava e encontrava meu palco, minha paixão. Tudo guardadinho na memória, tudooo, memória gigantesca! Livro só para apoio dos meninos. Jeito carinhoso de chamar os alunos. Histórias boas, dicas, simplificações, comparações, analogias, tudo na cabeça como se acabara de ler o que falava. Eu, minha bolsa de carregar carteira e maquilagem, caderneta de chamada e de notas e ...mais nada...Mais nada , não! A aula! E que aula! Às vezes até eu me surpreendia com o que brotava da memória, sem pedir licença!
Ah! Mas falávamos de cinema e por falar nisso, que tal ver de novo: O amor nos tempos do cólera, Erêndira, coincidentemente ambos de Garcia Márquez; O tempero da vida, O jardim dos Finzzi Contini...E livros? Vamos ler, meninada?! Taí o Chico com outro livro pelo qual ando me derretendo. Não vi ainda, até onde cheguei, o que há de cópia de Machado no estilo, como disse a crítica n' outro dia. Machado é Machado. Chico é Chico! Cada um na sua, no seu estilo, no seu espaço e no seu tempo. Li, também, nesses dias, o livro de Mayté Proença, Uma vida inventada e amei! Já gostava das crônicas da jovem escritora e quanto ao livro, este inverte a frase já conhecida e sabida de que a arte imita a vida. Agora, não! Agora é a vida que imita a arte. O que me deixa feliz é ver pessoas, aparentemente tão frágeis, saírem das dramáticas histórias em que as meteram da maneira mais digna possível, vencendo as fases mais sombrias, como aprendizes da dor, e saindo delas como mestres, PHD na arte de ser feliz, como se felicidade estivesse mesmo nos componentes do DNA. Recomendo os dois aos alunos e aos que não são alunos também. AH! Ia me esquecendo; as lindinhas da foto são a Jade e a Baby, sempre enfeitando o sofá. BJ.
"Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração..."
Ontem recebi amigos de velha data para um café da tarde. Para velhas amizades, reserva-se espaço imenso, quase os hectares de uma fazenda, como quase disse assim Chico Buarque no seu novo livro Leite derramado. Novas amizades vêm aos borbotões, surgem de todo o lado, a cidade é muito grande, tudo é muito rápido e passageiro, vê-se hoje o amigo, a amiga, promete-se outro encontro e tudo só fica na promessa. Todo o mundo é ocupado e as ocupações frustam sentimentos que são tão necessários, como a amizade, a verdadeira, aquela que se construiu na convivência, nos segredinhos partilhados, nas risadas gostosas, nas indagações, nos passeios, nos estudos, nas decepções, nas lágrimas iguais. Esta da foto é minha melhor amiga, desde os três anos de idade de ambas, quando Jonas nos levava ao Jardim da Infância, das freiras do Colégio São José, em Santa Rita do Passa Quatro. Aí já estávamos nos nove ou dez anos, acho. Dizem que não se deve cultuar demais o passado, mas meu signo não deixa. Gosto demais de relembrar. É como se tivesse lido um livro que não me sai da memória.
segunda-feira, 23 de março de 2009
À la fin du soir, L' Arc du Triomphe - PARIS-FRANCE
ESCULTURA- Praça Principal de ASTI - ITÁLIA
sexta-feira, 20 de março de 2009
Frases que me marcaram nessa semana
1- No casamento, não se aflija: não há roupa que não desbote sob o sol de cada dia.( anôn.)
2-"Ser brotinho era desdizer de enfeites e pinturas e fazer uma cara lambida, arrumar os cabelos no vento, apagar o corpo dentro de um vestido em graça de doer, mas ir por aí, espalhando fagulhas pelos olhos. Ser brotinho era possuir vitrola própria, perambular pelas ruas com um ar sonso - moderninho - vagarento, abraçada a uma porção de elepês..' ( Paulo Mendes Campos)
3-"Tudo o que é reto mente. Toda a verdade é sinuosa." (Nietzsche)
4-''Adote a simplicidade por virtude e por atitude, ou até mesmo por preguiça. O relógio mais simples, já dizia minha avó, é o que menos enguiça." ( Sílvio R. de Castro )
5-"Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira." ( Cecília Meireles)
6-"Os banqueiros emprestam o guarda-chuva num dia de sol; e o tiram quando começa a chover." ( pop.)
7-"O 'não' abre um buracão na alma; melhor barganhar." ( pop.)
2-"Ser brotinho era desdizer de enfeites e pinturas e fazer uma cara lambida, arrumar os cabelos no vento, apagar o corpo dentro de um vestido em graça de doer, mas ir por aí, espalhando fagulhas pelos olhos. Ser brotinho era possuir vitrola própria, perambular pelas ruas com um ar sonso - moderninho - vagarento, abraçada a uma porção de elepês..' ( Paulo Mendes Campos)
3-"Tudo o que é reto mente. Toda a verdade é sinuosa." (Nietzsche)
4-''Adote a simplicidade por virtude e por atitude, ou até mesmo por preguiça. O relógio mais simples, já dizia minha avó, é o que menos enguiça." ( Sílvio R. de Castro )
5-"Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira." ( Cecília Meireles)
6-"Os banqueiros emprestam o guarda-chuva num dia de sol; e o tiram quando começa a chover." ( pop.)
7-"O 'não' abre um buracão na alma; melhor barganhar." ( pop.)
domingo, 15 de março de 2009
estudante
De tanto estudar, nem tinha tempo de pentear os cabelos; puxava-os num tufo atrás da orelha, levantava um topetinho, porque era moda. Tinha meia dúzia de saias, essa da foto era uma delas e dezenas e dezenas de blusinhas para chegar sempre elegante à faculdade.
Que saudade dessa cinturinha! E como a moda é cíclica, o colar que eu usava há algumas décadas, hoje está de novo no visual das meninas. Já o ban-lon nunca mais voltou, mas sei que voltará. Saia xadrez de risca de giz, no meio, pulseira no braço esquerdo e relógio no direito. O sorriso é de sonho e de felicidade!
eu, nos anos rebeldes
Olhe eu aí, gente, nos tempos de faculdade, conhecendo aquelas que seriam minhas novas cidades para sempre: São Paulo e Osasco, de onde, depois de formada em Letras Neolatinas, jamais voltei à terra natal, a não ser para visitar os pais queridos, os irmãos, parentes e demais amigos. Em Sampa e em Osasco fui professora de francês, e depois que a bela língua saiu da grade curricular das escolas, dediquei-me à nossa, igualmente ou mais bela ainda. O rostinho ainda é inocente, de quem não sabia e nem supunha o que a vida me reservara.
Não me queixo, não, a não ser de uma grande dor e do tempo implacável que sorve só pra ele a beleza da gente!
Egoísta, traidor, ciumento!
quarta-feira, 11 de março de 2009
O Dragão de Gaudi - Barcelona-Espanha
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