terça-feira, 18 de maio de 2010
Quanto tempo sem alimentar meu blog! Puxa! Tortura chinesa! Tanta coisa por dizer e nada, nem tempo, nem vontade! Não sou mais a mulher maravilha dos velhos tempos que dançava, sapateava, assobiava, atendia telefone, escrevia, dava papinha pro nenê, estudava, preparava aula, cozinhava, tudo ao mesmo tempo. Entanto , um pouco mais lerda, continuo tomando conta de tudo: casa, contas, filhos, provas, compras, livros, artigos, palestras, horas a cumprir no trabalho, correções a fazer, problemas a resolver, uma loucura. Vontade de parar o tempo, sentar num café com amigos, pôr o papo em dia, dar altas risadas, falar bem dos outros, jogar conversa fora, coisas de somenos importância, não ter hora pra voltar pra casa, zanzar ruas afora para observar a vida que passa do meu lado, não fazer nada, nem pensar em nada. Opa! Lembrei Fernado Pessoa, Alberto Caeiro, um doce de poeta, panteísta, naturalista, ingênuo, com olhos que se deslumbravam à menor brisa que balançava as folhas das árvores, de onde ele via surgir a mão divina dando forma e cores a tudo. Ah! Ser poeta... criar uma nova ordem lógica, um novo mundo jovem, longe desse mundo velho, caduco, rançoso, cheio de vícios e de coisas feias que desalentam a alma da gente...
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